Antes mesmo da Tutu for Love entrar no ar este já era um post que pensava em fazer. Seja qual for a linguagem artística eu adoro quando usam a dança como referência.
Vivemos dias em que grande parte do que absorvemos vem das redes sociais, e se ballet corresponde a pelo menos 20% do seu feed no instagram (segue a gente!) com toda certeza você já curtiu alguma ilustração dentro desse tema.
Reuni aqui alguns ilustradores que eu sigo e que mostram habilidades e percepções diferentes sobre este mesmo universo. Esse artigo é fruto de muitos prints na busca pelos melhores ilustradores de diversos estilos para indicar aqui!!
Nem todos usam o ballet como tema central, mas se estão nesta lista confie em mim valem o seu clique.
Nossa lista não segue necessariamente uma ordem de “importância” … Porém não é por acaso que a Margot mais conhecida como Pointe Brush está no topo.
Formada pela Parsons School of Design com licenciatura em Design de Comunicação passou a trabalhar em grandes empresas antes de começar seu próprio negócio. Quando criança estudou ballet, mas decidiu não seguir carreira. Porém retornou muitos anos depois de forma recreativa.
Margot diz acreditar que explorar o ballet através do design a leva para uma outra dimensão, mais completa quando o artista entende os movimentos e técnicas exigidas a fim de executar os movimentos.
Não ser bailarina profissional não significa que ela não esteja ativamente entre uma das melhores companhias do mundo. Seus desenhos contribuíram para um dos melhores vídeos promocionais já realizados pelo New York City Ballet (veja mais sobre este assunto aqui)
Sabe aquele quadro clássico de uma bailarina pintada a mão que ultrapassa gerações?
Artista, filha de artistas e esposa de artista! Anastasia Vostretsov vive em St. Petersburg e diz amar fazer retratos, porque gosta de observar as pessoas. E não é difícil perceber seu amor também pelo ballet e o teatro - um tema inesgotável, portanto sobre suas pinturas ela diz que ainda há muito o que melhorar.
“Eu realmente gostaria de espiar a vida no camarim ou no palco.” descreve Anastasia. Formada pela Repin Academia de Belas Artes em São Petersburgo em restauração no ramo da pintura russa de idade.
Penso que esta artista vai muito além do titulo desse post! O que mais gosto no seu trabalho é a delicadeza, detalhes e volume que ela dá aos tutus de suas bailarinas.
Holly Nichols em sua essência é uma ilustradora / design de moda. Mas em seu feed é fácil encontrar coloridas bailarinas de traços finos e delicados e em uma silhueta que me lembra muito mais uma modelo estilo “Barbie” mas que não tiram nem um pouco o brilho de suas obras. Inclusive há muitas ilustradoras que trabalham com um estilo bem semelhante
A Raquel além de designer é bailarina. E é por sua vivência no ballet que coleciona ótimas histórias que dão vida a suas tirinhas rendendo compartilhamentos sem fim nas redes sociais. Impossível quem dança não se identificar com pelo menos uma delas.
Destaco o Ballet Architecture como o projeto com umas das linguagens mais diferentes dentro das variações desse tema. Linhas finas em um caos perturbador. Este trabalho exige um olhar mais atento para não confundir a personalidade impressa nas criações com rabiscos sem começo nem fim. Os exemplos aqui embaixo estão entre suas obras mais "claras".
Foi um dos primeiros que passei a seguir e seu feed refletiu o amadurecimento do seu trabalho. Ilustrações realistas sempre impressionam, mas acredito que quando são retratados biótipos específicos como o de bailarinos o resultado é ainda mais impressionante. Toda a musculatura e ossos saltados em determinados pontos permitem o jogo interessante de luz e sombra que é essencial.
Acho muito difícil quem não goste desse tipo de ilustração, tão doce! Procurei em alguns canais da Diana uma descrição dela e infelizmente não encontrei. Tirei algumas conclusões pelo seu estilo… Imagino uma menina conhecedora do íntimo das princesas retratadas em contos de fadas e que entende bem do significado daquela expressão: “Olhos que sorriem”.
Seus retratos mesmo com o olhos fechados (natural quando se sorri ou quando se encolhe envergonhado) transmitem a vivacidade e pureza das descobertas juvenis. Entretidas ou em momentos de intensa contemplação, nem sempre bailarinas mas sempre de uma delicadeza ímpar! Acho que viajei…bem, mas é isso que faço quando vejo alguma ilustração da Diana Pedott.
Essa é conhecida dos brasileiros tendo sido usada pela marca da bailarina Ana Botafogo em diversos produtos O que é demais, por que trata-se de uma artista que traz toda a doçura e lado lúdico do ballet porém capaz de agradar adultos e crianças. Há algum tempo o tema ballet não é maioria em seu feed, expandindo para ilustrações de produtos e moda (uma tendência entre os ilustradores do mundo todo).
Marca portuguesa onde todos os desenhos tem inspiração nas histórias de repertórios de ballet e seus personagens principais ou em momentos de aula.
A Ballet Papier começou em 1992 quando a artista e pintora Maria Berenice La Placa começou a desenhar bailarinas para sua filha Ambar, que estava estudando ballet. Logo os amigos de Ambar começaram a fazer encomendas, tornando-os muito populares.
Atualmente, Bernice e Ambar combinam seus talentos e criatividade para conceber cada produto, e torná-los objetos feitos especialmente para os fãs de dança e arte. Ambar Gavilano, que agora é bailarina profissional, é responsável por analisar a posição do corpo, estilo e expressão para garantir que as ilustrações correspondem aos personagens retratados.
Infelizmente não há uma descrição sobre o artista ou sua obra. E pode parecer um traço bem amador, mas pra mim seu diferencial está em imaginar e inserir bailarinas em contextos surrealistas como dentro de um Donut por exemplo. Apesar de sentir falta de mais identidade no seu traçado adoro as cores e irreverência.
Suas séries com inspiração no ballet são minoria, porém, estão entre as minhas preferidas aqui nessa lista. Axel Rodriguez retrata muito bem o corpo feminino com boa dose de realismo e em sua maioria nudez.
Em alguns casos seu estilo me remete quase aos efeitos de alguns filtros sobre fotos que podemos ter no celular. Pode ser um crítica desconfiada sobre sua técnica, mas também um elogio ao confundir pinceladas com efeitos que mantém o realismo de uma fotografia.
Desenho em preto e branco pode parecer apenas uma restrição a respeito da escolha de cores. Porém, é considerado libertador por esta artista que prefere destacar que são "inumeráveis tons de cinza".
“A razão pela qual eu prefiro desenhar ou fazer meu trabalho de caligrafia "branco sobre preto" é a facilidade em que posso começar meu trabalho. O
papel branco olha para você de uma maneira bastante ameaçadora. É difícil começar a "estragar" uma folha branca e pura. Uma linha traçada de forma errada e você já arruinou o papel como a base de um futuro trabalho de arte. O papel preto por outro lado, convida-o para começar ansiosamente; ela parece falar com você...”
Zoe é um artista figurativa contemporânea predominantemente conhecido por suas pinturas de ballet. Zoe pintou figuras-chave do mundo da dança, como os princípais do The Royal Ballet, Bolshoi e Mariinsky. Com acesso exclusivo e privilegiado nos bastidores e nos ensaios é capaz de capturar momentos íntimos privados da vida efêmera de um dançarino, explorando não só a sua beleza e poder, mas também suas vulnerabilidades.
Outra artista sem descrição, uma pena! O que mais gosto na Lavínia ( acredito que esse seja o nome dela) é o movimento que ela consegue dar aos desenhos… Seja pela forma do cabelo ou vestes. É o tipo de desenho de dança que você consegue prever a cena seguinte de acordo com a intenção do passo. É perceptível também a preocupação com as linhas e aspectos técnicos, dificilmente trata -se de uma artista que não seja bailarina. Em seu feed é possível notar a evolução dos seus desenhos.
Particularmente sou péssima com desenhos, logo a arte da Felicia Tan me surpreende ainda mais pelo fato de serem pintura feitas com os dedos.
Depois que soube disso passei a vê-los com mais cuidado e me impressionei com a riqueza de detalhes e contrates que ela consegue alcançar.
Destaco as reproduções muito maiores algumas de imagens.
Conheci essa talentosa artista através de uma homenagem que ela fez a bailarina @ingridsilva. A imagem em si apesar de retratar uma excelente bailarina, não expõe o lado atlético ou virtuoso do ballet. E sim uma menina com olhar contemplativo sentada de tutu e cabelo black power… Aquela sensibilidade rara de ver que faz com que cada vez que olharmos possamos perceber algo novo, sobre o desenho, sobre a história da Ingrid ou sobre nós mesmos.
Mais do que estética e entretenimento esse instagram é totalmente didático quando o assunto é o mundo do ballet... Sejam grandes personalidades, inspirações, ou aspectos técnicos. David JoongWon King coloca em seus desenhos tudo o que absorveu em anos como bailarino e outros dez anos como professor.
Palavras da artista:
“Desde o primeiro momento em que entrei no estúdio de dança, eu fiquei fascinada por aquele lugar onde a música e a arte se uniram para criar uma nova forma de beleza, uma nova linguagem para expressar sentimentos e emoções com base no movimento, técnica e ritmo.”
Eu sempre amei a criação de esboços com lápis e canetas, logo minha paixão pelo desenho conheceu o meu amor pelo o ballet, e meus trabalhos começaram a se tornar bailarinas com tutus e tiaras.”
Sua coleção de desenhos conta com cerca de mil obras, de personagens de ballet a peças contemporâneas!
Algumas pessoas chegam a criticar seus desenhos pela redes sociais por retratarem bailarinas extremamente magras. Na minha opinião a arte deve ser livre, e assim como há este estilo existem outros para “representar” tantos outros tipos. A primeira vista me pareceu ter um forte referencial a estética do Tim Burton em quem muitos ilustradores se inspiram. Babara com uma riqueza impressionante retrata cenas importantes dos ballets de repertório, o que ajuda a assimilar certos contextos que em cena ou assistindo ao vivo podem passar despercebidos.
Suaves como os movimentos do ballet são as pinceladas desta artista. Suas bailarinas se confundem com flores em diversos trabalhos, que apesar do estilo próximo ao @pointebrush ainda se destaca além da técnica demonstrando habilidade em criar novas nuances em texturas e detalhes.
Rick Sargent é professor de desenho e animação. Seu trabalho é inspirado pelo "significado de eventos diários" - palavras de sua biografia.
Suas principais influências artísticas são Rembrandt, Ingres, Millet, John Singer Sargent, e Bo Bartlett. Apesar da grande variação de temas ele possui muitos dos seus trabalhos inspirados pelo ballet onde a mistura de diferentes técnicas e estilos é bem evidente.
Apesar de ser autodidata e ter somente 17 anos de idade Callyn demonstra um rápido amadurecimento em uma técnica tão difícil e detalhista. Pelo seu feed é possível perceber como ela ainda está encontrando o seu estilo, variando temas e cores. E como ela mesma diz: “Aprendendo todos os dias”.
Poderia citar o estudo das linhas, anatomia e atletismo retratados pelo artista Everett Dyson, ou ainda o livro que ele lançou com suas ilustrações. Mas o que mais gosto no seu trabalho é o detalhe da auréola que ele acrescenta. Sempre imagino que essa marca tenha surgido daquela frase que diz que “Bailarinos são os atletas de Deus”.
De fato suas ilustrações são bem infantis mas isso não diminui nem um pouco o seu talento e considero que as vezes a possibilidade de criar qualquer coisa / personagem ao invés de somente reproduzir deve ser desgastante e prazeroso na mesma proporção. Seu tema principal são pequenas e fofas sereias, mas mesmo com as poucas bailarinas que ela criou não pensei muito para começar a segui-la.
Gostou do post? Quer acrescentar algo? Comenta aqui =) Vou adorar saber!!
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